domingo, 26 de setembro de 2010

Volta Patagônica 2006


Seguem 15000km pela região Patagônica, a viagem traduzida em fotos, a grande maioria minhas e algumas do Renato Gama que foi parceiro da aventura. Saindo da Ilha de Santa Catarina cada um num jipe contornando em 15000 km a Patagônia chilena e argentina..


Para tanto eu e o Gama preparamos nossos jipes para a aventura. Cada um inventou uma cama adaptada ao seu veículo assim podíamos dormir em qualquer lugar que fosse necessário. O conceito é jipe home...


Na Reserva do Taim no RS vi muita fauna para fotografar como os colheireiros.



Eu vim esquentar as turbinas, lente nova, motor novo, duas baterias... então não aguentei e fui para o Uruguai.
Estava aguardando o Gama que ainda na ilha arrumava a caixa nova de 5 marchas também.
Aquele molhe que aparece na foto é o Chuí, ou Chuy do lado de lá...


Enquanto esperava fui atrás de fotos passarazzi nos campos uruguaios.


Como o churinche Pyrocephalus rubinus e seu filhote.


Tomei unas cervezas en Punta del Diablo, e o Gama procurando o defeito na caixa...


A verdinha se sentiu a vontade entre os coches uruguaios, especialmente em Colônia del Sacramento


Liguei para o Gama e disse daqui a pouco vais ter que me encontrara lá na Península Valdes, mas já tinham resolvido a caixa da toya dele e ele veio direto de Floripa a Colônia numa tocada, com um cochilo num posto no meio do caminho...


Os jipes entraram nos barcos atravessamos para Argentina chegando no centro de Buenos Aires - Puerto Madero dali pegamos a autopista direto para o sul.

Este trecho foi on the road again...

Algumas paradas para fotos e xixí...

Gama e a sua Toya fotografando girasóis. (foto Neno)


Os Girasóis argentinos.



Estrada para San Blas, a estréia do Gama no rípio.
O rípio é como chamam o piso de pedras soltas e redondinhas da maioria das estradas não pavimentadas da Patagônia.


Por conta do rípio de San Blas conhecemos o Sr Jorge Contreras do Taller Transvial em Puerto Maydrin.



O Sr. Jorge é o embaixador 4x4 da patagônia e apesar de ser do clube do Land Rover atendeu a Toyota do Gama com todo o carinho, aliás eu nunca vi tratar feixe de mola como na oficina do Sr Jorge, profissionalísimo.

As Toyas espiam Puerto Pirâmides na península.


Depois pegamos o rípio para o interior da penísula/parque.

Primeiro o enorme clif de Punta Delgada a ponta sul da península.

E por ali começa a aparecer a fauna patagônica. Pingüin-de-magalhães Spheniscus magellanicus


E seus filhotes


Focas nas praias de milhares de pedrinhas.



Mais filhotes de Pingüin-de-magalhães.


Alguns já trabalhando de guias mirins  hehe..


E os pais limpam o gogó depois de trazê-lo cheio de peixes o dia todo...




Continuamos descendo e passamos por Comodoro Rivadávia.


O Gama ainda soldou um ferro no capô em C. Rivadávia.


Fizemos a distância de C. Rivadávia até Rio Gallegos em um dia on the road.

Em Rio Gallegos não havia hotel e achamos um bom camping.


Finalmente deixavamos o continente americano para entrar na Terta do Fogo, na foto em plena travessia (tranquila) do Estreito de Magalhães.


Uma toya 1977 bem longe de casa.

Alguns motociclistas de Brasília, nos viram na beira da estrada fotografando e pararam para bater papo em português.. hehe...


Subestimamos o tamanho da na Terra do Fogo e tivemos que pernoitar em Rio Grande, chegamos no outro dia a USHUAIA, Argentina.  Fevereiro de 22006 -6° a 6000 km de casa.


Esta é a visão de quem sobe o Glaciar Martial, que fica num grande vale sobre o porto de Ushuaia e de onde vem a água que abastece a cidade.


Do alto da montanha na beirada do glaciar podemos ver o porto e a cidade de Ushuaia a fundo a vista do Canal de Beagle em direção leste (não tínhamos granpones nem piolet para subir mais sem risco)


Estas Ilhas no meio do Canal de Beagle, não sei se são chilenas ou argentinas, quem sabe motivaram a guerra entre os dois vizinhos...


Una Gaivota gris no puerto de Ushuaia, Leucophaeus scoresbii

Eu reconhecendo o equipamento novo no porto.

Flores características das montanhas e no sul nas cidades patagônicas.


Esse aí encalhou um belo dia, e acabou virando um monumento, fixaram o barco ali mesmo e colocarm iluminação nas vigias, dando um bonito efeito na tarde do porto. Deve ser o barco mais fotografado do sul do mundo....


O fotógrafo Renato Gama descendo a trilah do Glaciar Martial - Ushuaia , Argentina....

Placas na trilha, deve ser para o inverno...

A água que desce do glaciar...

O grande vale do Glaciar Martial serve de pista de esqui no inverno. Lá embaixo a cidade a beira do Canal de Beagle...



Ushuaia refletida na toya do Gama sob os auspícios dos nossos patrocinadores então...

Atrás do porto tem uma cidade e sua floresta...

Na saída (já que não chovia) registramos as toyas e a placa de USHUAIA, Argentina..

Detalhe da placa de USHUAIA, Argentina.

Voltamos a cruzar o estreito de Magalhães sem problemas (mar de almirante), na foto o pôr-do-sol .


Ao sair da balsa já no crepúsculo, pegamos uma estrada reta até um entroncamento que seguiria para esquerda nos levando para Puerto Natales e  P.N. Torres del Paine.
Ao acelerar a minha toya senti um problema no turbo e vi no fim da reta o luminoso HOTEL (da foto), passei um rádio para o Gama e paramos na pousada.

A casa/Hotel é para rodar um filme, parece parada no tempo, mas foi um bom pouso e serviu para eu reparar o problema no turbo (uma abraçadeira havia caído).


A Casa/Hotel já dera um clima surreal a esta parte da viagem, aí seguindo por um pavimento impecável de cimento costeando o Estreito de Magalhães e o road-movie continuou...

Nos deparamos com as instalações aparentemente abandonadas de San Gregório, Chile.

Aproveitamos para um pit-stop fotográfico...

O Renato Gama capturou bem o clima do lugar...

E a pátina do tempo do cenário...

Eu fui focar a costa do estreito que tem uma rica avifauna, mesmo na cidade de Puero Natales que também é na beira do estreito. Pato overo e sua prole  Anas sibilatrix

Cisne cuello negro Cygnus melancoryphus


De PuertoNatales fomos na direção das montanhas do Parque Nacional Torres del Paine, Chile.

Pareceu que teríamos suerte, pois a mulher da cabana em P. Natales nos falou que nem sempre as nuvens deixam a gente ver as "Torres".

O parque tem uma estrada de rípio que corta ele todo, seria o paraíso do toyoteiro se o rípio não fosse gradativamente aumentando de tamanho até que, já quase no glaciar grey a estrada as vezes parecer um rio seco devido ao tamanho das pedras no pavimento...

Ao lado da estradinha várias lagoas pequenas serviam de berçario para várias aves, entre elas o Cauquém comum macho Chloephaga picta.

Patos Anas platalea.


E Toyotas bandeirantes. hehe...

Nesta altura a pista de rípio ainda estava boa...

E o visual então não podia estar melhor...

O sol abriu sobre as Torres del Paine, Chile.

Aos pés das Torres, dois lagos em níveis, e cores, diferentes.

Entre os dois lagos uma cachoeira faz a ligação.

Panorama de cartão postal para todo o lado...

Sem falar na fauna fotogênica... hehe... O Guanaco e as margaridas...

No final da estrada do parque chega-se ao lago do Glaciar Grey (ao fundo), Chile.
Na praia do lago imensos blocos de gelo chegam para se esfacelar lentamente ao sol do frio verão austral.

O gelo azul, aprendemos aqui, é devido a sua antiguidade. Para estar assim como um cristal o gelo passou por muito tempo e pressão para não ter mais bolhas de ar que o deixariam de apaência branco/leitosa.

O gelo azul ficava a alguns metros da praia...

Mas alguns pedacos vinham até a praia e pude esperimentar um gelo de 3000 anos:
Insípdo, inodoro e incolor (o fenômeno azul é reflexo da atmosfera)

Gama em ação entre os glaciares austrais...

A fauna surpreendente vai de cervos estrangeiros a papagaios autocnes naquele frio.

Na volta a estrada ficou menos luminosa, mas não menos fotogênica.

Este trecho é o paraíso dos toyoteiros que apreciam longas travessias.

Uma das estradas de maior visual que já conheci, Chile.

Um olho na paisagem outro na missa... Ops...
Despedida dos muitos cisnes de pescoço preto de Puerto Natales, Chile.
E un Ostrero austral igual ao nosso Piru piru apenas diferenciando no papo todo preto no da Terra do Fogo. Haematopus leucopodus 

Partimos de Puerto Natales no Chile para a estepe patagônica Argentina.
Para "costearmos" a cordilheira subimos a famosa Ruta 40, conhecida por alguns relatos como "estrada da morte", é uma pista de rípio que corta Kms de deserto com pouquíssimas oportunidades de parada, comida e combustível...
Apesar do deserto, no começo, apareceram umas Badurrilhas que por aqui se chamam Curicacas ou Curucaca.

Na foto ampliada em alta definição daria para ver o caminho até El Calafate

Ali entramos no Parque nNcional Los Glaciares para ver o famoso Perito Moreno.

Talvez um dos glaciares mais fotografados do nosso hemisfério, eu mesmo já o conhecia de inúmeras fotos em revistas e vídeos.

Mas além de ver em detalhes vindo até aqui rodando mais de sete mil quilometros.

Percebi algo que só indo lá mesmo... O som do glaciar, que estala o tempo todo, acomodando a enorme pressão de toneladas de gelo. Parece trovoada...

O gelo é muito visual...

O glaciar é um rio de gelo...

Que termina num lago provido por seu própio degelo....

O limite entre o rio de gelo e o lago é uma imensa parede que se quebra constantemente em pedaços, degelando... Esta parede do Glaciar Perito Moreno tem 60 metros de altura da superfície do lago.

Abaixo da superfície a parede continua 100 metros para baixo até o fundo da lago.

Fotografando a face do glaciar, aparece um pardal ou algum parente austral que ainda não identifiquei.


Turismo de primeiro mundo dos hermanos...

Dormimos nos jipes na entrada do parque (guarda) e logo pela manhã ao sair do jipe vi este Cara cara jovem ao sol e cliquei.

Voltamos ao Perito Moreno para andar de barco na frente da parede do glaciar.


Depois vi fotos iguais a esta em outros relatos e até livros. É o enrrocamento do gelo na rocha do vale nas laterais do glaciar, o atrito gera esta forma de onda muito plástica - escultórica.

Muitas outras esculturas aparecem, feitas pela água e o clima em associação constantes.

O Glaciar Perito Moreno visto da estrada de saída do parque.

Uma paradinha fotográfica...

Click

Click


Depois da cidade de El Calafate e do Glaciar Perito Moreno, pegamos novamente a Ruta 40...

Agora para um trecho de 310 km entre os povoados de Tres Lagos e  Bajo Caracoles, logo no começo um lembrete que o rípio é traiçoeiro é deixado dentro do rio de propósito, eu acho.

Meu quarto em Tres Lagos

No Camping Municipal de Tres Lagos demos carona para um casal de ciclistas franco/italianos. 
Cláudio e Natalie.


O Gama me flagrou clicando a foto seguinte:

Um guanaco ficou de prontidão enquanto o bando se afastava, deve ser um guanaco-alfa hehe...

E eu registrei o Gama vindo com as bikes em cima pela famosa Ruta 40..


A Ruta 40 corta o deserto patagônico de Sul a Norte (he he...) e acompanha a cordilheira ao longe e os lagos de degelo.

Encostamos as Toyas para fazer a foto seguinte:

Um Peludo o Tatu deles aqui na patagônia.

Com milhares de pedras da estrada, achei no acostamento um ferro de chave de fenda sem cabo...
Pena que quem achou foi o meu pneu trazeiro direito, tive que trocar.

Enquanto trocávamos o pneu no meio da Ruta 40, passou um veículo e parou para ver se estava tudo bem (comum nesta região inóspita), perguntamos aonde havia uma borracharia para frente e eles responderam, 400 km arriba! Mas eram menos de 300...

Sómente em Bajo Caracoles havia uma borracharia.
Uma cidade de 50 almas - algumas casas, dois hotéis um posto de gasolina e duas borracharias.
Em uma delas achamos o ferro...

Dormimos no camping Municipal da Cidade de Perito Moreno (não confundir com o glaciar) e no outro dia voltamos até Bajo caracoles para pegar o Passo Roballos pela Ruta 41 para o Chile novamente.

Poderíamos ter acampado nestes lagos no deserto da Ruta 4, mas havíamos dado uma carona para a Heather, (uma americana que ia para Bajo caracoles esperar um onibus e acabou vindo com a gente para o Chile) por não conhecermos ela nem o local achamos melhor seguir para o Chile.
Não foi uma decisãomuito boa pois chegamos a noite em Chocrane e não havia onde ficar, jantar...
Acabamos resolvendo tudo, mas foi um stress desnecessário.


No dia seguinte saímos de Chocrane em direção a vila e Tortel que fica entre os dois campos de gelo do sul chileno pela Carretera Austral Chilena outra estrada famosa.

A estrada é bem legal atravessa vales muito húmidos e florestados.

A carretera nesta altura é cheia de pontes para água do constante degelo dos glaciares nas montathas.

Uma estrada para voltar para rodar mais devagar ainda...

Enfim chegamos a Tortel uma vila de pescadores Mapuches que dois anos antes desta foto não tinha estrada que chegasse até ela sendo servida apenas pelo ar ou pelo mar.

Tortel é toda em palafitas pois o terreno é encharcado tudo é muito húmido.
O acesso é por passarelas e escadas de madeira onde o Gama e a Heather posam na placa de entrada de Caleta Tortel.

Fomos levados a uma casinha de madeira que foi aberta para nós (o fogo foi acesso para esquentar o ambiente quando entramos) Pedimos a cesta básica nacional no Chile Salmão a la plancha, mariscos e vinho Undurraga cabernet Sauvignon. Foi um dos melhores filés grelhados que já apreciei...


O salmão afinal tinha vindo daquelas águas ali na janela...
Nós no estacionamento de chegada em Tortel com a nossa amiga americana.

Uma casinha típica da Caleta Tortel.

A geografia do fiorde é cortada por trapiches/calçadas e isso é a cidade.

O fiorde austral onde está caleta Tortel fica entre os dois campos de gelo patagônicos.

A madeira da região é uma matéria prima fundamental para a vida no frio, mas é interessante o que os tempos de turismo políticamente correto faz a estas coisas.
Todos falam sobre a madeiara regional, andando sobre ela, e de como eles conseguem aproveita-la bem, elas servem de telhas a sachês perfumados sem falar nas embarcações calçadas, casas  e até miniaturas de barcos para turistas...

Os vales da região são indescritíveis dá para ver a marca ancestral do gelo nas rochas das montanhas.
Esta estrada vai para Puerto Yungay que eu a anos conhecia como um ponto no mapa que agora eu gostaria de conhecer in loco.

É o final da Carretera Austral Chilena, estrada aberta pelo Pinochet para garantir o território considerado então despovoado.

O final mesmo é depois desta balsa da foto que sai desta prainha (que soou para meus ouvidos com Cacupé). Esta balsa sai uma vez por dia e leva até o verdadeiro trecho final da carretera 100 km abaixo do outro lado do fiorde.
Mesmo descobrindo que Vila Yungay não é uma cidade, mas uma vila militar, queria ficar ali dormindo no carro ou barraca e prosseguir no outro dia com a balsa, mas fui voto vencido.

Depois voltamos para Tortel - Cocrane e subimos a carretera na direção de Futalefú para deixar a Heather em Trevelin perto de Esquel na Argentina.

A região é pura água .

E água pura.

Foi um dos lugares mais bonitos por onde já passei.

Nunca fui para a europa, mas o sul do Chile...

É um espetáculo a cada curva!

De tantas curvas a Toya ficou sem uns parafusos da caixa, mas eu e o Gama resolvemos.

Neste camping conhecemos esta Toyota Landcruiser prima das nossas só que alemã.
Um casal embarcou em Hamburgo, desembarcou em Buenos Aires, viu nosso jipes na Península Valdes e só foram nos encontrar novamente na margem do Lago General Carreras. Eles ainda iam até a Venezuela...

Lá sem querer (paramos no camping por acaso) descobrimos as Catedrais de Mármore.

Uma formação rochosa ímpar, este penhasco de uns dez andares que aparece ao fundo é inteiro de mármore!

E essas pedras que um dia caíram dele ficaram expostas ao ácido em priscas eras geológicas.

E o ácido, que esculpiu essas pedras de mármore como a água faz com o gelo, foi embora faz eras e hoje essas esculturas estão imersas numa água límpida, transparente e potável do lago General Carreras
É um cenário surreal e lindo.

Planeta Terra - Patagõnia Chile, Hehe...

Las Catedrales de Mármol...

Suas colunas,...

Afrescos,...

Salões

e Michelângelos...

Tudo isso fica lá embaixo deste tronco à beira de um penhasco sobre o Lago General Carreras.

No Lado argentino o mesmo lago se chama lago Buenos Aires...

A natureza local é uma fábrica de chuva e...

Nessa condições e de banho tomado, roupa nova da semana, furou mais um pneu .................

Entre as catedrais e Coiaque essa pista pensada para os meses de neve...
A toya do Gama vem lá embaixo.


Nesta altura da carretera austral as lhamas estão atrás de cercas sendo criadas pela lã, leite e carne.

Um constante murmerar de águas revoltas nos acompanha na carretera.

E montanhas de cartão postal.

Com suas geleiras azuis.

E fiordes surpreendentes. Depois de surpreendidos pela carretera (que transforma 80km em 3-4 horas) encontramos um corpo d'água. Olhei no GPS e surpreso perguntei ao Gama pelo rádio o que ele achava que era aquela água. E ele quase não acreditou quando eu contei que ainda era o mar - um fiorde austral.

Foi a última surpresa do Chile na carretera austral norte, uma vila alemã fundada no sec19 no fundo do fiorde: PUYUHUAPI a foto do fim do fiorde não faz juz ao lugar onde almoçamos uma merluza austral com umas Stellas Artois... A região de Puyuhuapi merece outra visita com tempo.

O cara do posto de gasolina de Puyuhuapi precia ter nascido aqui em Brusque SC, Brasil.  Hehe...

Passamos tão rápido por paisagens tão deslumbrantes que o Gama me flagrou pensando no porque não ficar mais um tempo em cada lugar....
A mais de trinta dias rodando, as caronas quebrando a rotina da estrada... a viagem pode perder o ritmo....
As 3 fotos abaixo e fiz imediatamente antes do momento acima...




Depois ainda achamos mais um lago que sem vento nos mostrou o Chile de ponta cabeça...



Depois de finalmente deixar a Heather na cidade de Trevelin perto de Esquel aonde estamos indo.

Em esquel visitei o Médico Rodolfo, que havia me socorrido na viagem anterior (não fotografei este episódio de 2005), foi uma visita agradável tomamos um mate (chimarrão) com a família, deixamos umas camisetas com eles e eles me presentearam com o livro "Viaje a la Patagônia Austral" de Francisco Perito Moreno ( que deu o Nome ao glaciar e a cidade - existe um parque nacional também...)

Seguimos em direção a El Bolsón e San Carlos de Bariloche, eu estava querendo voltar a Região de Pucón no Chile, mas não consegui convencer o Gama que tinha algum compromisso na Ilha e queria passar correndo Bariloche -B. Blanca - B.Aires - Pelotas -Florianópolis.
Eu não; chega de correr, quero tentar voltar ao Chile para voltar a cruzar mais em cima num passo ainda não conhecido abaixo de Mendoza ainda na Ruta 40...

Fiquei em Bariloche por dois dias um apenas para me recuperar.
Me equipei com mais um "macaco", que descobri  na Argentina eles chamam "Gato".
Quando furou pneu na ruta 40 tive que usar o do Gama junto com o meu (que não estava confiável) e ele não estaria mais comigo no restante do percurso.

Mas após um dia apenas em San Carlos, tive notícias não muito boas de casa, meu pai estava internado, então parti no outro dia de manhã cedo para ir o mais longe possível por dia e chegar logo.


Acabei pegando um atalho um pouco depois de Neuquén e ganhei 400 km até Buenos Aires.
(um caminhoneiro de Concórdia SC que encontrei tomando chimarrão em Villa Regina me deu a dica)



Assim após uma longa estrada voltei ao centro de Buenos aires e encontrei uma vaga no bom e velho (no bom sentido) Hispano Hotel pertinho do Café Tortoni para onde corri após telefonar para casa.
Fiquei sem telefone toda a travessia de Villa regina até Buenos Aires e ao telefonar de B. aires descobri que o pai já estava em casa mas de cama sob observação. Então dois chopps escuros do Tortoni com Tostado de queso de pan negro...
E ainda por cima na boa companhia de Borges, gardel e Alfonsina o pai iria aprovar...


Uma rápida capivara no Taim, mesmo pois desta vez saí 7 horas da manhã de Colônia del Sacramento no sul do Uruguai e acabei vindo direto até a Ilha de Santa Catarina chegando a 1:30 da madrugada...
1500 quilômetros só parando as vezes para o xixi, o rango e o combustível....

E finalmente a verdinha em casa... na manhã desta foto eu já estava com o pai na casa dele.